Carnaval
A indústria do carnaval brasileiro é uma poderosa máquina de fazer dor. Essa atividade gera empregos e dinheiro obtidos pelo sofrimento de aves como faisão, avestruz, pavão e ganso. Todos os anos, penas desses animais são arrancadas de maneira cruel para adornar fantasias nos desfiles carnavalescos brasileiros.
O sofrimento por trás de tanta beleza
Criadouros indianos, sul-africanos e chineses mantêm animais para a prática, considerada uma poderosa fonte de lucro. A beleza das penas é tão exuberante quanto seu preço. Uma pena de faisão é venda por até R$ 100.
A cobiça pelo lucro das penas é do tamanho da crueldade imposta para a sua retirada. Entre as técnicas para obter a penugem das aves está o zíper, que consiste na retirada das penas enquanto os animais permanecem imobilizados de cabeça para baixo.
O resultado está em fraturas, exposição a infecções e muita dor. Animais como o avestruz, por exemplo, vivem até 40 anos. Isso quer dizer que passarão pelo processo todos os anos até morrerem.
PURPURINA:
É típico do carnaval de rua: corpos pouco vestidos mas com muita purpurina e glitter, em uma festa bonita e colorida. Mas o que acontece depois? Se você pensou ressaca, você acertou também. Mas a ressaca passa e a vida segue, enquanto o glitter e a purpurina vão aniquilando a vida por onde passam.
Microplásticos é como são chamados as minúsculas partículas feitas desse material que, basicamente, não se decompõe. A purpurina é feita de copolímeros de plástico e folículos de alumínio. Depois da festa, quando você toma banho, as partículas coladas em seu corpo escorrem pelo ralo e se juntam às 8 milhões de toneladas de plástico que são lançadas nos oceanos todos os anos.
Os microplásticos são do pior tipo possível. Por conta de seu tamanho, é praticamente impossível recolhê-los e, por essa razão, eles somam 85% de todo o plástico encontrado na natureza. Nas águas, os plásticos costumam matar peixes, tartarugas e outros seres, que os ingerem confundindo com comida. O glitter e a purpurina são ainda mais maléficos: podem ser engolidos desde pelos seres mais diminutos até os do topo da cadeia alimentar.
Além da morte dos animais, há ainda a questão econômica. Com a diminuição da vida aquática, toda a pesca fica prejudicada e, também, todos os povos e comunidades que dependem dela para sobreviver.
DICA: use purpurina culinária